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Os impactos do Clubhouse nas redes sociais
O que é o Clubhouse?
Desenvolvido por Rohan Seth, ex-funcionário do Google, e Paul Davidson, empreendedor do Vale do Silício, o Clubhouse é uma rede social baseada em chats de áudios.
O aplicativo é uma “mistura” de podcast com conferências de áudio e chamadas ao vivo, que promete muita exclusividade, pois, além de estar disponível somente para aparelhos iOS (Apple), para fazer parte, é necessário ser convidado por alguém que já está inserido. Os convites são limitados: cada novo usuário recebe apenas dois convites, que podem ser distribuídos para quem desejarem.
Como o Clubhouse funciona?
A rede social Clubhouse permite criar grupos para discutir temáticas específicas e também eventos. As temáticas são sempre selecionadas ao criar o perfil, em que cada usuário seleciona sua preferência, para que o algoritmo sugira perfis que se aproximem ao que cada um gosta.
O aplicativo não permite o envio de fotos ou vídeos, e as salas de bate-papos funcionam sempre ao vivo. Dentro dos chats há sempre os usuários speakers, ou seja, aqueles que vão falar e que permitem que os outros falem, e os listeners, que são os ouvintes das conversas.
Por que o Clubhouse viralizou?
O aplicativo popularizou quando diversos usuários da China aderiram à rede social, e também quando grandes personalidades criaram um perfil pessoal na plataforma. O ápice foi quando Elon Musk, fundador, CEO e CTO da Space-X, participou de um debate com Vladmir Tenev, CEO da Robinhood, empresa referência em serviços financeiros.
Este debate fez o aplicativo viralizar de vez, e gerou um mecanismo chamado “difusão de transmissão”, ou seja, todos aqueles que estavam presentes, estavam absorvendo uma grande quantidade de informações de uma mesma – e valiosa – fonte.
Este foi outro grande fator que incentivou muitas pessoas a quererem adentrar no Clubhouse: poder escutar e, algumas vezes, participar de conversas com grandes personalidades gratuitamente.
Como as outras redes sociais reagiram diante do crescimento inesperado do Clubhouse?
Depois que o aplicativo do Clubhouse viralizou, os chats por áudio ao vivo tornaram-se interessantes para as outras grandes redes sociais.
Como o Twitter reagiu
Recentemente, o Twitter lançou um novo recurso chamado Audio Spaces, que permite criar “espaços” de interações com amigos por meio de chats por áudio. Esta ferramenta ficou disponível em sua plataforma no dia 02 de março, e, diferentemente do Clubhouse, já está disponível para aparelhos iOS e Android.
O Audio Spaces fica disponível nos Fleets, na barra superior do aplicativo do Twitter, onde os bate-papos por voz são evidenciados pela cor roxa, e funciona semelhantemente ao Clubhouse. A grande diferença é que a ferramenta tem foco em criar salas de conferência mais pessoais, como usuários amigos.
Ainda não se sabe como funcionam as interações, como por exemplo no Clubhouse, em que os usuários selecionam a ferramenta de “levantar a mão para falar”, entretanto já se sabe que as salas do Audio Spaces não possuem um limite de participantes e que cada chat pode ter no máximo 10 oradores. Os criadores das salas podem selecionar os outros oradores, que podem ser somente pessoas seguidas por ele, e também somente pessoas convidadas para falar.
Todos os Audio Spaces são públicos, e podem ser facilmente compartilhados através de links. Além disso, é fácil ver se está acontecendo algum Space, pois fica disponível na barra superior para todos os usuários que seguem os perfis que estão fazendo o chat.
Resposta do Facebook ao Clubhouse
A plataforma do Facebook também está produzindo uma nova ferramenta semelhante ao Clubhouse. Este recurso ficará disponível nas salas do Messenger, e receberá uma opção exclusiva de áudio, para que os usuários tenham a opção de fazer palestras públicas ou privadas ao vivo. As salas poderão ser acessadas através de links compartilhados e também através das publicações nos perfis e/ou grupos.
Tudo indica que o Facebook também está desenvolvendo esta mesma ferramenta para o Instagram. Recentemente, a plataforma disponibilizou a nova ferramenta Instagram Live Rooms, que permite que os usuários ao vivo agreguem mais três usuários dentro da Live.
Baseando-se nisso, a rede social parece estar desenvolvendo também a ferramenta de salas de áudio ao vivo. De acordo com algumas capturas de telas publicadas pelo desenvolvedor Alessandro Paluzzi, ícones de microfone e câmera estão sendo configurados dentro do Direct da plataforma, para que, futuramente, os chats por áudio ao vivo aconteçam.
A grande novidade é que, no dia 07 de abril, o Facebook testou pela primeira vez sua nova plataforma concorrente do Clubhouse, o Hotline. A plataforma ainda está em teste, e também não está disponível para os brasileiros, porém em breve poderá ser acessada pelo Hotline.co.
Diferentemente do Clubhouse, no Hotline os usuários terão a opção de ativar a câmera e também de gravar as sessões, tanto só de áudio, como de áudio e vídeo.
Durante as sessões, os “speakers” poderão ver quem está presente na sala, e as interações podem ser feitas tanto por áudio, como por texto. Além disso, os usuários poderão reagir às conversas com emojis.
Os anfitriões terão o controle das salas, e as sessões serão automaticamente gravadas. Ao final de cada chat, os responsáveis receberão os áudios gravados no formato MP3 e o vídeo em formato MP4 com o conteúdo da conversa.
O LinkedIn e outras plataformas também pretendem adentrar nesta
A rede social LinkedIn, no dia 30 de março, confirmou que também está desenvolvendo uma ferramenta semelhante ao Clubhouse, com o objetivo de oferecer aos seus usuários mais um espaço para manter o diálogo dentro da plataforma.
Além disso, outras plataformas como Telegram, Slack, Discord e Spotify também estão planejando recursos semelhantes aos do Clubhouse.
Conclusão
O Clubhouse, mesmo sendo um aplicativo que viralizou há pouco tempo, causou um grande impacto nas principais redes sociais do mundo, gerando um cenário interno bastante competitivo.
Atualmente, o aplicativo está avaliado em R$4 bilhões de reais, e diante deste cenário nas redes sociais, a tendência é que as redes sociais passem a investir cada vez mais em novas ferramentas de áudio ao vivo, a fim de validar suas próprias ferramentas de áudio e também agregar valor à plataforma. A partir disso, o Clubhouse também precisará se reinventar para continuar mantendo sua exclusividade.
Mesmo assim, a rede social trouxe grandes questionamentos e tendências para o mundo virtual, como os convites exclusivos para iOS, a possibilidade de ouvir sessões de grandes personalidades ao vivo, o não-uso de imagens e vídeos e a possibilidade de acompanhar diversos perfis de diferentes assuntos.
Sem dúvidas, é uma rede social que veio para impactar com seus diferenciais.
E você, o que achou do Clubhouse?
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Isabella Felix
Analista de Social Media na Linksearch